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domingo, 21 de outubro de 2012

Feira Binacional do Livro tem sua origem em trabalho acadêmico


UM POUCO DE HISTÓRIA

 QUATRO alunas do curso de Administração da Universidade Federal do Pampa (Unipama) Leticia Alves, Deise Moreira, Fernanda Aguirre e Silvia Flores criaram o projeto da Feira Binacional do Livro há três anos. Para saber como isso aconteceu, a repórter Amanda Ziani conversou com duas delas - Leticia Alves e Sílvia Flores, hoje formadas e residindo fora da fronteira. Acompanhe abaixo trechos da entrevista sobre a origem da Feira,  que neste ano ocorre de 25 a 28 de outubro.

Da esquerda para a direita, de camiseta branca, as criadoras da Feira Binacional do Livro: Leticia Alves, Deise Moreira, Fernanda Aguirre e Silvia Flores.


O que motivou a criação da Feira Binacional do Livro?
Leticia Alves: Surgiu de um trabalho acadêmico para a disciplina de Gestão de Projetos do curso de Administração da Unipampa. Eu e minhas colegas, Deise Moreira, Fernanda Aguirre e Silvia Flores, queríamos fazer um projeto que fosse possível implementar. Então, dentre as opções que elencamos, a Feira do Livro foi a que nos pareceu mais viável. A partir da definição preliminar da idéia começamos a trabalhar no projeto, e ficamos surpresas ao constatar que as Feiras anteriormente criadas não tiveram continuidade. Diante desse prognóstico começamos a rever nossa idéia, tentando  encontrar algum diferencial que tornasse possível dar continuidade à Feira ao longo dos anos. Criamos então a Feira Binacional do Livro para englobar os dois países, sendo um ponto de integração cultural.

Como o projeto saiu do papel?
Leticia Alves: Com a idéia estruturada começamos a formatar o projeto. Não queríamos apenas uma feira com expositores de livros, mas um espaço cultural que tivesse outras atividades para chamar mais a atenção do público e obter o sucesso almejado. Com parte da estrutura do projeto montada, entramos em contato com a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer de Sant'Ana do Livramento em busca de parceria. Lá, fomos recebidas pela Marta Pujol que se mostrou muito interessada no projeto e foi nossa maior apoiadora desde o início. Passadas algumas semanas, conquistamos vários parceiros e as reuniões da comissão começaram a ser cada vez mais frequentes. Cada parceiro contribuiu com uma atração da feira e, no fim, tínhamos uma programação com várias atividades que aconteciam simultaneamente. Iniciamos o agendamento das escolas para as atividades com cerca de um mês de antecedência e ficamos surpresas com a demanda. A feira já era um sucesso.

O evento conquistou o espaço que vocês haviam planejado?
Leticia Alves: A mensagem que este projeto nos deixa é de que é possível realizar projetos unindo dois países distintos, com culturas e idiomas diferentes, com poucos recursos. O resultado pode ser surpreendente.

Quais as expectativas para a edição desse ano?
Silvia Flores: São as melhores possíveis, percebo que a cada ano a Feira está reunindo cada vez mais colaboradores, pessoas dispostas a trabalhar, unidas em busca da inserção da cultura nesta terra tão especial.


De que depende a manutenção da Feira?
Silvia Flores: É preciso preservar a união. Já que estamos falando de uma fronteira amiga, também devemos falar de "amigos da feira", ou seja, pessoas que possam colaborar e dispor recursos para que a cada ano este evento possa amadurecer e ao mesmo tempo inovar. Peço que sempre existam pessoas que se dediquem a este evento que contribuam com recursos financeiros que são  indispensáveis para um evento deste porte.

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