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sábado, 27 de outubro de 2012

ENTREVISTA - Oscar Gomes

Feira recebe  representante do Ministério
de Educação e Cultura do Uruguai

Oscar Gomes, subsecretário nacional de Educação e Cultura, foto
by Pablo Corti
Quem esteve presente do lançamento do livro Cidade Oculta, organizado por Ariel Tejera e escrito por detentos, foi o sub-secretário nacional de Educação e Cultura, Oscar Gomes. A obra reúne textos e fotos produzidos a partir de uma oficina literária realizada com os presos. Abaixo, Gomes conta para a jornalista Amanda Ziani como foi realizado o processo de criação.

De que forma as oficinas literárias e políticas direcionadas a detentos uruguaios se relacionam?
Oscar Gomes - Temos uma política de inclusão social do Uruguai para promover a reabilitação e a inclusão das pessoas que estão privadas de liberdade.Nesse sentido, foi criada uma lei,  há cinco anos, chamada Humanização de Cárcere, a qual inclui não só atividades de trabalho, como também oficinas culturais. O Ministério da Cultura apóia esse trabalho cedendo os oficineiros. É um trabalho cooperativo no qual uns desenharam e outros escreveram, originando o livro coordenado pelo facilitador da oficina, Ariel Tejera.

Qual é a avaliação de vocês sobre esse trabalho que uniu arte e inclusão social?
O.G - Por meio do livro pudemos apresentar uma mostra dos trabalhos realizados nos centros de reclusão. Esse material também será distribuído para os filhos dos reclusos,  como forma de trabalhar a auto-estima dessas pessoas. Além disso, será doado aos centros de Ministério de Cultura e centros educativos para demonstrar que a arte também pode beneficiar as pessoas que se encontram em condições de desvantagem social, no caso os apenados.

O livro é o primeiro produto dessas atividades apoiadas pelo Ministério da Cultura?
O.G - Em literatura sim, depois temos outros trabalhos na área das artes plásticas, como pintura e escultura. Essas são outras formas de expressão artística que também possuem uma função de purificação e de harmonização interior. Aquele que pode expressar o que sente, nas mais variadas formas é um pouco menos prisioneiro de seus sentimentos. 

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