Feira recebe representante do Ministério
de Educação e Cultura do Uruguai
Oscar Gomes, subsecretário nacional de Educação e Cultura, foto by Pablo Corti |
Quem esteve presente do lançamento do livro Cidade Oculta, organizado por Ariel
Tejera e escrito por detentos, foi o sub-secretário nacional de Educação e Cultura,
Oscar Gomes. A obra reúne textos e fotos produzidos a partir de uma oficina
literária realizada com os presos. Abaixo, Gomes conta para a jornalista Amanda Ziani como foi realizado o
processo de criação.
De que forma as oficinas literárias e políticas
direcionadas a detentos uruguaios se relacionam?
Oscar
Gomes - Temos uma política de inclusão social do Uruguai para promover a
reabilitação e a inclusão das pessoas que estão privadas de liberdade.Nesse
sentido, foi criada uma lei, há
cinco anos, chamada Humanização de Cárcere, a qual inclui não só atividades de trabalho,
como também oficinas culturais. O Ministério da Cultura apóia esse trabalho
cedendo os oficineiros. É um trabalho cooperativo no qual uns desenharam e
outros escreveram, originando o livro coordenado pelo facilitador da oficina,
Ariel Tejera.
Qual é a avaliação de vocês sobre esse
trabalho que uniu arte e inclusão social?
O.G
- Por meio do livro pudemos apresentar uma mostra dos trabalhos realizados nos
centros de reclusão. Esse material também será distribuído para os filhos dos
reclusos, como forma de trabalhar
a auto-estima dessas pessoas. Além disso, será doado aos centros de Ministério
de Cultura e centros educativos para demonstrar que a arte também pode
beneficiar as pessoas que se encontram em condições de desvantagem social, no
caso os apenados.
O livro é o primeiro produto dessas
atividades apoiadas pelo Ministério da Cultura?
O.G
- Em literatura sim, depois temos outros trabalhos na área das artes plásticas,
como pintura e escultura. Essas são outras formas de expressão artística que
também possuem uma função de purificação e de harmonização interior. Aquele que
pode expressar o que sente, nas mais variadas formas é um pouco menos
prisioneiro de seus sentimentos.
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