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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Curta as curtas do primeiro dia da Feira Binacional


Homenagem ao patrono

Alunos da Escola Municipal Rodolfo Costa prestaram uma homenagem ao patrono da III Feira Binacional do Livro, Juremir Machado. Ao presentearem o escritor com uma caneca e um quadro que retrata a igreja da Vila Palomas, onde se localiza a escola, os estudantes comoveram o jornalista. Afinal, foi lá que ele passou a sua infância e onde estudou até os oito anos. "O que eu gosto de fazer que é ler e escrever, aprendi nessa escola", contou ele às crianças e professores.

Boas histórias não faltaram. Na curta palestra, o patrono contou sobre a primeira professora, uma jovem de 16 anos chamada Eulália e também lembrou do trem que trazia gibis para divertir a gurizada. Leitura e imaginação foram os principais estímulos aos alunos que ouviram atentamente as palavras: "livro é fantasia, conhecimento e muda tudo na vida da gente".

Anos depois de ter saído da escola o patrono descobriu que o nome da Escola Municipal Rodolfo Costa é uma homenagem ao jornalista polêmico, dono da publicação O Maragato. "Eu costumo brincar que eu sou a reencarnação dele", confessou, lembrando das suas próprias brigas ideológicas.


Conferência as Mulheres na Literatura Riverense  

Interpretações profundas sobre a vida e a obra das escritoras fronteiriças Maria Alcira, também conhecida como Paula Miranda, Soledad López e Tânia Alegria foram apresentadas ao público por Claudia Labarrera, Rossana Cottens e Maria Regina Alves, respectivamente. Em sua fala, a membro da Academia Santanense de Letras, Maria Regina Alves fez uma breve explicação sobre características da literatura feminina, explicando as diferenças entre uruguaias  e brasileiras. "Não tivemos no Brasil um movimento de massa da literatura feminista", disse ela.

Entre as autoras uruguaias as características em comum observadas foi a solidariedade vista nas personagens de suas obras. No entanto, Paula Miranda, demonstrou, ao contrário de Soledad López, uma mudança de temática que começou mais cotidiana e intimista e terminou por se manifestar mais engajada socialmente.
Maria Regina do Prado Alves, Claudia la Barrera e
Rossana Cottens na charla sobre Literatura Feminina, foto
 by Amanda Ziani.

Quanto à brasileira que viveu parte de sua vida na fronteira, Tânia Alegria, destaca-se a forma impecável em suas poesias simétricas e contos minuciosamente construídos. Além disso, Alegria possuiu uma reconhecida atuação internacional referida em sua produção literária. Sua ligação com a língua espanhola fica evidentes em trabalhos escritos nesse idioma, bem como em entrevistas nas quais declarou: não posso me esquecer da minha história, referindo-se a linguagem fronteiriça utilizada por ela.    

LEZAMA - Logo depois, se realizou a Conferência sobre a vida de Osvaldo Lezama, um riverense batllista que viveu intensamente nessa fronteira. "Meu pai era um narrador que usava o bom humor para falar dos personagens que habitavam esse lugar", diz o filho Grauert Lezama Pintos.


Rádio RCC FM

O programa Conversa de Fim de Tarde, com uma das maiores audiências do rádio da fronteira, hoje foi para o Parque Internacional, sendo transmitido ao vivo. Lá estavam Duda Pinto, Henrique Bachio, Cleizer Maciel, Clarice Godinho Acauan, Édis Elgarte e os convidados Simone Loss, Marta Pujol, Luiz Eduardo Teixeira, Eduardo Palermo, Juremir Machado, Fábio Regio Bento, entre muitos outros, que falaram sobre assuntos que estão sendo tratados no evento, como Patrimônio Histórico e Cultural da Fronteira. A experiência foi tão boa que já gerou uma parceria entre feira e rádio. 

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