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Madalena Zapata e o filho Gabriel escolhendo livros na praça. fotos by Duda Hamilton |
Quem foi à
terceira edição da Feira Binacional do Livro não se arrependeu. Além de livros,
o público pode se encontrar na praça, participar das discussões, ter livros
autografados, ver filmes, ouvir música e, acima de tudo, respirar cultura.
A doutora Cristina
Fervenza, por exemplo, veio à feira pela primeira vez acompanhada da filha, de
10 anos. “Espero que esse evento se multiplique, pois é muito importante essa
integração literária. É só por meio da leitura que as pessoas crescem e se
educam”. A mesma opinião foi compartilhada pela uruguaia, Sonia Costa,
professora aposentada de filosofia, francês e artes que achou fantástica a
feira binacional desse ano.
“Foi
uma superação se comparada às outras edições, com uma boa infraestrutura,
lançamentos de livros de ótimo nível e intercâmbio saudável”. Mas o que
impactou a professora foi o Teatro de Rua do SESC e a solidariedade entre os
dois povos durante a Feira. Já a policial civil Madalena Zapata passou boa
parte da tarde na seção de vendas de livros, acompanhada do filho Gabriel. “No
ano passado ele lia um tipo de livro, agora já é outro, mas o importante é que
ele lê”, diz Madalena, acrescentando que gostou de ver a feira maior, com mais
estandes e bem diversa.
Monitor da
Urcamp, Nepomuceno Alves, 19 anos, vibrou com o projeto Compartilhando Letras,
que distribuiu quase 10 mil livros. “Ser monitor aqui é um privilégio, pois a
gente percebe o interesse das pessoas pela leitura”. Ele sugere que nas
próximas edições tenham mais jovens envolvidos e deixa como dica a participação
de autoridades, que deveriam apoiar mais, transformando a feira num evento
literário dentro do calendário cultural da cidade.
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Professora Idene com os alunos/monitores da Urcamp, foto by Duda Hamilton |
Artur
Montanari, sócio-proprietário da livraria Marco Zero, afirmou que a terceira
edição deu um salto se comparado aos anos anteriores. “Tivemos um aumento entre
30% e 40% nas vendas”, avisa ele, acrescentando que essa edição consolidou a
feira. “Para 2013 espero um salto de qualidade, explorando melhor a
característica única da feira: ser binacional.” Marcos Gottschalk, da livraria
Garatuja, é da mesma opinião. “Vendemos 40% a mais do que na edição passada”,
avisa.
AVALIAÇÃO – O diretor do Departamento de Cultura de Rivera,Herbel Ferreira, analisa de forma positiva o evento,
principalmente no envolvimento das 12 instituições integrantes da Comissão
Organizadora. “Um dos principais diferenciais dessa edição foi a aproximação
das escolas públicas de ambas as cidades, com as apresentações de autores
brasileiros por parte dos uruguaios e vice e versa. Foi um símbolo da
integração”.
Do lado brasileiro, a secretária de Cultura, Esporte e
Lazer, Carmem Machado, concordou com Ferreira. “Para o próximo ano ainda podemos melhorar a
infraestrutura”.
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Depois da terceira edição, a Feira Binacional do Livro se firma como evento cultural da fronteira. Movimento de vendas de livros aumentou entre 30% e 40%, segundo livreiros |